sexta-feira, 5 de março de 2010

MP quer posse de prefeita em Mariana


A trama política envolvendo a Prefeitura de Mariana, na Região Central do estado, parece não ter fim. Depois de a Câmara Municipal ter marcado a posse de Terezinha Ramos (PTB) e do vice Roberto Rodrigues para 9 de março, 15 dias depois da diplomação dos dois, a Promotoria de Justiça enviou ofício à Casa quinta-feira, recomendando que os dois sejam empossados num prazo de 24 horas. A ação foi motivada por uma entrevista de Raimundo Horta (PMDB) a uma rádio local, na qual o presidente do Legislativo marianense e prefeito interino dizia que a posse teria sido adiada para que o pagamento de empreiteiras, prestadoras de serviços ao município fosse feito.

Apesar de o ofício ser apenas recomendação judicial, de acordo com a promotoria de Mariana, caso o prazo não seja cumprido, o Ministério Público tomará novas medidas oficiais. Segundo o promotor de Justiça, José Geraldo de Oliveira, se o ofício não for obedecido, serão instaurados um inquérito civil para apurar a prática de atos de improbabilidade administrativa e um procedimento penal pela prática de crime.
Terezinha é viúva do pré-candidato e ex-prefeito de Mariana João Ramos, assassinado durante o processo de escolha de candidaturas, e foi segunda colocada nas eleições de 2008. Ela assumirá a prefeitura por decisão do juiz da 171ª Zona Eleitoral, Antônio Carlos Braga, que determinou o afastamento do prefeito Roque José de Oliveira Camello (PSDB) e do vice José Antunes Vieira (PR), cassados em 2008, seguindo decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Camello e Vieira foram cassados porque o MP ajuizou denúncia de captação ilícita de votos durante a campanha de 2008.

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